quinta-feira, 24 de abril de 2008

PARA REFLETIR SOBRE A TURMA DO "PEGA E LINCHA"

"Na última sexta-feira, passei duas horas em frente à televisão. Não adiantava zapear: quase todos os canais estavam, ao vivo, diante da delegacia do Carandiru, enquanto o pai da pequena Isabella estava sendo interrogado.

O pano de fundo era uma turma de 200 ou 300 pessoas. Permaneceriam lá, noite adentro, na esperança de jogar uma pedra nos indiciados ou de gritar assassinos" quando eles aparecessem, pedindo "justiça" e linchamento.

Mais cedo, outros sitiaram a moradia do avô de Isabella, onde estavam o pai e a madrasta da menina. Manifestavam sua raiva a gritos e chutes, a ponto de ser necessário garantir a segurança da casa. Vindos do bairro ou de longe (horas de estrada, para alguns), interrompendo o trabalho ou o descanso, deixando a família, os amigos ou, talvez, a solidão - quem eram? Por que estavam ali? A qual necessidade interna obedeciam sua presença e a truculência de suas vozes?

Os repórteres de televisão sabem que os membros dessas estranhas turmas respondem à câmera de televisão como se fossem atores. Quando nenhum canal está transmitindo, ficam tranqüilos, descansam a voz, o corpo e a alma. Na hora em que, numa câmera, acende-se a luz da gravação, eles pegam fogo.

Há os que querem ser vistos por parentes e amigos do bar, e fazem sinais ou erguem cartazes. Mas, em sua maioria, os membros da turma se animam na hora do "ao vivo" como se fossem "extras", pagos por uma produção de cinema. Qual é o script?

Eles realizam uma cena da qual eles supõem que seja o que nós, em casa, estamos querendo ver. Parecem se sentir investidos na função de carpideiras oficiais: quando a gente olha, eles devem dar evasão às emoções (raiva, desespero, ódio) que nós, mais comedidos, nas salas e nos botecos do país, reprimiríamos comportadamente.

Pelo que sinto e pelo que ouço ao redor de mim, eles estão errados. O espetáculo que eles nos oferecem inspira um horror que rivaliza com o que é produzido pela morte de Isabella.

Resta que eles supõem nossa cumplicidade, contam com ela. Gritam seu ódio na nossa frente para que, todos juntos, constituamos um grande sujeito coletivo que eles representariam: "nós", que não matamos Isabella; "nós", que amamos e respeitamos as crianças - em suma: "nós", que somos diferentes dos assassinos; "nós", que, portanto, vamos linchar os "culpados".

Em parte, a irritação que sinto ao contemplar a turma do "pega e lincha" tem a ver com isto: eles se agitam para me levar na dança com eles, e eu não quero ir. As turmas servem sempre para a mesma coisa. Os americanos de pequena classe média que, no Sul dos Estados Unidos, no século 19 e no começo do século 20, saíam para linchar negros procuravam só uma certeza: a de eles mesmos não serem negros, ou seja, a certeza de sua diferença social.

O mesmo vale para os alemães que saíram para saquear os comércios dos judeus na Noite de Cristal, ou para os russos ou poloneses que faziam isso pela Europa Oriental afora, cada vez que desse: queriam sobretudo afirmar sua diferença.

Regra sem exceções conhecidas: a vontade exasperada de afirmar sua diferença é própria de quem se sente ameaçado pela similaridade do outro. No caso, os membros da turma gritam sua indignação porque precisam muito proclamar que aquilo não é com eles. Querem linchar porque é o melhor jeito de esquecer que ontem sacudiram seu bebê para que parasse de chorar, até que ele ficou branco. Ou que, na outra noite, voltaram bêbados para casa e não se lembram em quem bateram e quanto.

Nos primeiros cinco dias depois do assassinato de Isabella, um adolescente morreu pela quebra de um toboágua, uma criança de quatro anos foi esmagada por um poste derrubado por um ônibus, uma menina pulou do quarto andar apavorada pelo pai bêbado, um menino de nove anos foi queimado com um ferro de marcar boi. Sem contar as crianças que morreram de dengue. Se não bastar, leia a coluna de Gilberto Dimenstein na Folha de domingo passado.

A turma do "pega e lincha" representa, sim, alguma coisa que está em todos nós, mas que não é um anseio de justiça. A própria necessidade enlouquecida de se diferenciar dos assassinos presumidos aponta essa turma como representante legítima da brutalidade com a qual, apesar de estatutos e leis, as crianças podem ser e continuam sendo vítimas dos adultos."

CONTARDO CALLIGARIS

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A BUSCA DO CONHECIMENTO INTERNO


Os mitos são arquétipos que operam analogicamente nos vários níveis de realidade que são, portanto, aplicáveis à humanidade.

Existe uma luta interna com o nosso lado mais primitivo que tal como no mito de Plutão, nos rapta, apodera-se da nossa parte mais inocente e nos leva ao submundo onde faz com que percamos a inocência, e nos obriga a conhecer antes de nos devolver ao mundo externo.

Esta é a oportunidade que temos de transcender a realidade e conquistar outra melhor, mesmo que para isso tenhamos que enfrentar a destruição e a dissolução de todas as energias acumuladas que impedem ess transformação.

E para poder transcender essa realidade conhecida temos de pagar um preço, o de nossas referências habituais, daquilo em que nos apoiamos, a razão de ser com a qual nos identificamos.
Nos leva a destruir o que amamos, aquilo que foi fundamento e causa das nossa condutas rotineiras.

O trabalho desta energia plutoniana consiste em nos libertar dos vínculos com a matéria que deixam de ser úteis para a busca da compreenção de nossas almas.

Devemos então ficar atentos onde este símbolo atua em nós, onde tendemos a impor nossa vontade aos outros e a satisfazer nossos desejos acima de qualquer outra consideração, nosso depósito de poder!!

BOA SORTE A TODOS NÓS!!

sábado, 19 de abril de 2008

IO CANTO

"La nebbia che si posa la mattina
Le pietre di un sentiero di collina
Il falco che s'innalzeràIl primo raggio che verrà
La neve che si scioglierà correndo al mare
L'impronta di una testa sul cuscino
I passi lenti e incerti di un bambino
Lo sguardo di serenitàLa mano che si tenderà
La gioia di chi aspetterà
Per questo e quello che verrà......io canto
Le mani in tasca cantoLa voce in festa canto
La banda in testa cantoCorro nel vento e canto
La vita intera canto
La primavera canto
La mia preghiera cantoPer chi mi ascolterà
Voglio cantaresempre cantareL'odore del caffè nella cucina
La casa tutta piena di mattina
E l'ascensore che non vaL'amore per la mia città
La gente che sorriderà lungo la strada
I rami che si intrecciano nel cielo
Un vecchio che cammina tutto solo
L'estate che poi passeràIl grano che maturerà
La mano che lo coglieràPer questo e quello che verrà......io canto
Le mani in tasca canto
La voce in festa canto
La banda in testa canto
Corro nel vento e canto
La vita intera canto
La primavera canto
L´ultima sera canto
Per chi mi ascolterà
Voglio cantaresempre cantarecantare(canto)
Le mani in tasca(canto)
La voce in festa canto(canto)
La vita intera canto
Corro nel vento e cantoIo canto
La vita intera cantoIo canto... per chi mi ascolterà(per chi mi ascolterà)
Per chi mi ascolterà"

Riccardo Cocciante

Per tutti queli che credono nella mia voce!
Tutti chi fami cantare e credere nella vita!!!!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ESCOLHAS...



O tempo todo estamos fazendo escolhas nesta vida, todo tipo de escolha, escolhas simples, fáceis e escolhas complicadas, difíceis. Escolhas que definem o presente e o futuro de nossas vidas. E assim, podemos escolher olhar as coisas maravilhosas que a vida nos oferece ou somente os problemas e as dificuldades que aparecem pelo caminho. Podemos escolher apenas viver ou fazer a vida valer a pena. Podemos amar ou odiar, podemos saber ou desconhecer, acreditar ou desacreditar, admirar ou ignorar... Podemos escolher saber que nem toda escolha está apenas certa ou errada... são escolhas, só terão que ser feitas com compromisso!!!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A VIDA AO CONTRÁRIO


"A coisa mais injusta sobre a vida éa maneira como ela termina.

Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.

Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.

Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo obastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.

Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se preparapra faculdade.

Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando … e termina tudo com um ótimo orgasmo!

Não seria perfeito?"

CHARLER CHAPLIN




O compromisso com a vida pressupõe responsabilidade na transformação das metas em realidade, para isso precisamos deixar de viver a base de idealizações e nos empenharmos em realizações, naquilo que acreditamos que trará frutos, que contribuirá com um mundo melhor, independentemente da quantidade, ou seja, o quanto tua ação influencia com qualidade. Estar comprometido significa estar movido pelo desejo de ver o trabalho em andamento da melhor maneira. É sentir-se realmente responsável e ver o sucesso daquilo que acreditamos. Enfim, fazermos nossa parte, seja ela qual for!!!!